Trecho
Saímos do Píer às 8h40, em número de 11 pessoas contando comigo, Kamila e o piloto. Seguiam conosco oito pesquisadores das áreas de biologia, psicologia, pedagogia e biomédica, sendo que no dia seguinte iriam de Manaus para Julião mais dois pesquisadores. Nos afastamos um pouco e paramos para abastecer, mas conforme nos distanciáva-mos da cidade era possível observar em toda a extensão do lado direito do rio Negro a subida das águas.
A voadeira seguia em baixa velocidade e após uns dez minutos subindo o rio, entramos em um canal do rio chamado Furo do Araparí, bastante estreito com árvores em sua maioria submersas, Kamila me chamou a atenção para um detalhe, o que víamos de algumas árvores era apenas a copa delas, quase podíamos tocá-las.
No trecho do Araparí vi sítios, chácaras, uma igreja e algumas áreas de lazer, alguns desses lugares a água tomou conta. Avistei ao longe bem no meio da densa floresta umas árvores que tinham suas copas em cor rosa quase lilás, algo muito lindo de contemplar. O tempo mudou rapidamente de ensolarado para parcialmente nublado, algo comum em nossa região principalmente no inverno. Em alguns trechos, o rio transformava-se em um espelho gigante refletindo a inconstância do clima amazônico.
Após alguns minutos de voadeira entramos em um trecho do rio mais largo chamado Tarumã Mirin, foi quando vi a ponta de um telhado do que antes era uma casa, completamente coberta pelas águas. Em seguida pegamos a esquerda do rio e já entramos no canal do Julião nosso destino final.
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